segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uma história com final feliz.



Adorámos álbuns de fotografias.
Daqueles antigos, como os que tínhamos em bebé com a nossa descrição, os presentes do baptizado, as primeiras palavras e o sinistro envelope com o primeiro caracol de cabelo.
E quem não se ri à gargalhada (ou com alguma vergonha)  à  redescobrir os álbuns da adolescência, com as fotografias das intermináveis féria de Verão, os primeiros namoros, as fotografias de turma e as terrível moda anos 80?
Os álbuns de fotografia são autênticos tratados sociológicos.
 E não falamos daqueles álbuns impressos na loja de fotografia fruto da sessão fotográfica da moda, mas daqueles que estão a desaparecer.
 E com eles anos e anos de memórias de famílias em todo o mundo.
Comprem um álbum clássico, daqueles pesados e com folhas de papel vegetal e invistam em recordações para pelo menos 3 gerações.
Uma vez mais, percorram os sites de usados, as velhas lojas de fotografia ou as feiras de velharias e poderão ainda encontrar álbuns a sério.
Assim, como este:
















    Todas as imagens via Malomil


E este álbum tem uma história digna de filme da Disney.
O Malomil  é um dos nossos blogues de eleição.
Um dos seus colaboradores, o António Araújo comprou um álbum de bebé antigo na Feira da Ladra e prometeu  devolvê-lo- a quem provar pertencer-lhe.

“Nem sei sequer se ainda é viva. Nasceu, cresceu, teve as febres da idade, passeou no Jardim da Estrela. Tudo aí está, meticulosamente anotado no álbum da menina dos pais. Enquanto isso, lá fora uma guerra mundial fazia mais de 60 milhões de mortos. Uma história pequenina nos escombros da História grande.”


E como acaba a história, perguntam vocês?

Por um daqueles acasos ( ou não) não é que a menina do álbum ainda é viva e era leitora do Malomil?
E que  recuperou o seu álbum de bebé ?

E ainda há outra álbum à procura do seu dono: não percam este post.

E agora que estão com um sorriso nos lábios, do que estão à espera para arranjarem um álbum clássico para os vossos pequenos índios e cowboys?



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Bolo de Bolacha à Chefe Índio



A pedido de vários membros da Tribo, que ficaram a babar com esta fotografia que encontrámos no Pinterest e partilhámos na nossa página de facebook, aqui está  a nossa receita de Bolo de Bolacha.

                                  Foto: E quem disse que um simples e caseiro bolo de bolacha com os acessórios certos, não dá um fantástico bolo de aniversário?

A receita tradicional, com manteiga e café mas totalmente apta para pequenos índios.
E muito importante: com açúcar de pasteleiro, porque odiámos sentir o granulado do açúcar normal…

Este deve ser um dos bolos de mais rápida confecção, 100% manual e sem necessidade de forno.
Perfeito para os pequenos índios se iniciarem nas artes da Culinária.

                              

E vamos à receita:

O que precisamos:

  • 2 pacotes de bolacha Maria
  • 250g de manteiga sem sal à temperatura ambiente
  • 150g de açúcar de pasteleiro/icing sugar (fino)
  • 3 gemas de ovo
  • Uma taça/prato de sopa com café (lá em casa usamos o tradicional café de saco feito ao lume)
  • Confettis para decorar
Os passos:

1. Batam a manteiga até ficar um creme branco.
Enquanto batem, juntem o açúcar lentamente e uma gema de cada vez.
Batam novamente  tudo até o creme ficar homogéneo.

2. Molhem as bolachas Maria em café frio, uma de cada vez, mas com cuidado para não ficarem demasiado moles para não se desfazerem.
Coloquem uma no centro e 6 bolachas à volta do meio, para o bolo ficar em espécie de forma de flor.
Barrem as bolachas com o creme.
Coloquem mais uma camada de bolachas e barrem-nas novamente.
Repitam o processo até acabarem as bolachas.
Quando as bolachas acabarem, cubram o bolo com o restante creme e barrem-o todo à volta.
Decorem com confettis coloridos.

3. Levem ao frigorífico durante 2 horas até ficar bem fresco.



4. Depois de frio, coloquem-nos num bonito cake stand (nós adoramos os da Bordallo Pinheiro) e está pronto a servir.


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Festa de aniversário ecológica


Quem nos acompanha há mais tempo, sabe que adoramos uma boa festa!
De preferência com um toque de comida caseira, saudável mas com apresentação digna de ilustração de livro infantil.

                            

Uma festa de aniversário implica também muito consumo e desperdício.
Pensem na quantidade de balões, guardanapos, copos, pratos, palhinhas que acabam no lixo.
Como evitar tudo isto e conseguir fazer uma festa inesquecível?

Muita criatividade e muito bom senso, querida Tribo.

1. Façam uma lista do número de convidados para fazer o cálculo da comida e de todos os adereços que precisam de utilizar.

2. Vejam o que existe em casa e que possa ser reutilizado na decoração da mesa e espaço. Sobraram guardanapos e copos lisos da última festa? Óptimo! Só têm de conjugar com outros.
Utilizem as vossas almofadas, mantas e toalhas para colocar no chão ou decorar o espaço. 

Porque não compram toalhas de algodão neutras, bandeirolas e guirlandas que possam reutilizar e acrescentam apenas pormenores da temática escolhida para a festa?
Tudo devidamente coordenado poderá dar um efeito muito mais impactante do que ter uma mesa de doces 100% plástica.







   

3. Reduzam os materiais descartáveis! 
Têm a certeza que precisam de comprar todos os adereços temáticos  geralmente em plástico que acabam  no lixo no fim da festa?

Porquê pratos de papel e os horrorosos talheres de plástico? Além dos talheres em inox, já encontram alternativas child friendly em madeira, laváveis e reutilizáveis.

                                           

Sim, tentamos evitar ao máximo os produtos descartáveis, mas sabemos que com crianças pequenas vêm os inevitáveis copos de plástico.  A sugestão? 
Invistam em copos de papel (menos poluentes) ou em copos e pratos de plástico coloridos mais resistentes e duros que podem ser lavados e reaproveitados para futuras festas.

E para quê personalizar as garrafas de água? Sirvam água em jarras ou dispensadores de bebidas.


Reutilizem os frascos das compotas para servir as  sobremesas.

                                 


4. Recorram a elementos naturais na decoração como plantas envasadas, pinhas, folhas, pedaços de madeira  e outros materiais que se coadunem com o tema da festa.


Cestos e mais cestos de verga ou caixas de madeira para a comida e todos os utensílios. 
Tábuas de cozinha em madeira são igualmente óptimas para dispor as quiches, sandwiches ou queijos.


       







5. E quanto à comida?
 Procurem servir porções individuais. Mais fácil de comer, de arrumar, menos desperdício e dá um efeito fantástico.

Evitem a overdose de doces industriais como gomas, rebuçados e afins e sirvam também  fruta: em espetadas ou em copinhos. 
Aproveitam as melancias ou meloas para servir de recipiente.

               





6. E o bolo de anos?

Claro que poderão encomendar um bolo, mas já experimentar tentar fazer em casa e decorá-lo com os seus brinquedos preferidos?

Nós confessamos que temos um grande fraquinho pela Schleich , até ganhámos um prémio internacional de fotografia...
Mas quem resiste a um bolo destes?




the party hats make this pretty epic.



                


E já conhecem as nossas ideias para decoração de bolos todas  tão fáceis de executar?

 Já ensinámos a fazer bandeirolas para bolos aqui


                 



E mini chapéus para os bonecos do bolo aqui



 


7. Por fim, não se esqueçam do mote da verdadeira festa de aniversário ecológica: Reduzir, Reutilizar e Reciclar mas tudo com muito gosto e carinho.
Afinal, não se esqueçam que organizar uma festa ecológica faz mais do que ajudar o meio ambiente:  educa, motiva e incentiva os nossos pequenos índios a construírem  um mundo melhor.
 


                Todas as imagens via Pinterest http://www.pinterest.com/indiosecowboys/


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Uma mesa de Outono


É oficial.
Chegou o Outono.
E com ele a chuva, os dias cinzentos, mais curtos e mais frios.
E a  necessidade de aconchego, sentir o cheiro a terra molhada, cores quentes, frutas e legumes da época e a chamada "confort food"...quente, caseira, com um toque nostálgico e com direito a toda a palette de cores de Outono: amarelo, laranja e vermelho.

E quando descobrimos este casamento no Green Wedding Shoes, achámos que tínhamos de o partilhar imediatamente da nossa Tribo...

Ideias a reter e que sirvam de inspiração a refeições e festas de Outono (enquanto o Chefe Índio suspira pelo Verão...) e a prova de que a beleza  está nos pequenos detalhes.


gentleman farmer invitation

hanging bottles

fall farmer table inspiration

fall farmer table inspiration

eggplant table seating

fall farmer table inspiration
fall farmer table inspiration

gentleman-styled-23

blackberry drinks

cheese wedding cake

Todas as imagens via Green Wedding Shoes

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Índio e Cowboy do mês: Carla Cantante

O Marcel  Marlier, ilustrador dos livros da “Anita” merece definitivamente um lugar no Céu ou em alguma ilha paradisíaca.
Se ele soubesse a quantidade de meninas portuguesas nascidas na década de 70 que inspirou, sorriria e teria a noção de dever cumprido.
A nós, só nos resta enviar uma mensagem de agradecimento ao Marcel (onde quer que ele esteja) e prometer que continuaremos a passar de geração em geração com muito carinho os livros da Anita.

Tudo isto a propósito da encantadora Carla, a menina desta fotografia.

 

A Carla cresceu rodeada de livros da Anita, tornou-se designer e apaixonou-se pelo Pedro.
E desta paixão, nasceu a Anita Picnic – os cestos para piquenique mais charmosos do mercado.
  
Os cestos são feitos à mão, por artesãos nacionais segundo desenhos e indicações dadas pela Carla e Pedro. Alguns são totalmente propostos por eles outros são adaptações de modelos clássicos.
O design de padrões utilizado no têxtil,  têxtil é feito pelos  parceiros MAGA Atelier e os tecidos são produzidos e confeccionados em Portugal.

Podem ver e comprar os cestos e restantes produtos em www.anitapicnic.com

E nós adoramos a história contada tão bem por eles: “Pedro Pires e Carla Cantante vivem apaixonados. Um pelo outro e pelas coisas bonitas que os rodeiam. Gostam de design, de música, de arte e de crianças. Gostam de viajar. Gostam de ler deitados na erva. Gostam de dançar até tarde. Gostam de coisas velhas que são novas e coisas novas que parecem velhas. Gostam de brunch e mergulhos em lagoas. Gostam de areia nos pés e sorrisos nos olhos. Gostam de jardins e de fazer picnics com os amigos.
Anita Picnic é uma ideia original de Carla Cantante e Pedro Pires que depois de anos a criar marcas para outros decidiram fazer uma para eles.”


 








1.      O que queria ser quando era criança?
Era grande a minha imaginação o que fazia com que tivesse inúmeras preferências e vontades para quando crescesse mas as que mais me marcaram foram: vendedora de peixe, cantora de ópera ou apresentadora de TV.
Parte das minhas férias de Verão eram passadas na Figueira da Foz. Todos os sábados ia ao mercado comprar peixe com a minha avó e reparava nas mulheres que vendiam o peixe e o modo como apregoavam. Tudo me fascinava, a energia, as roupas mas principalmente os pregões. Sempre que regressava a Lisboa e, durante muito tempo, recriava essas mesmas mulheres e os seus pregões até enlouquecer os vizinhos. Mais tarde, veio a vontade de querer ser cantora de ópera. A minha tia-avó era uma espectadora assídua das óperas que passavam no Canal 2 e houve uma altura em que costumávamos ver juntas. Era o programa dos nossos serões. Com o passar do tempo fiquei fixada naquelas personagens e na forma como cantavam.
No fundo, acho que gostava era de fazer barulho!
Depois, influenciada pela minha prima começamos a fazer programas de televisão. Era preparado o telejornal, a novela e o típico concurso de tv dos anos 80. À noite apresentávamos a quem estivesse por perto.

2.       Melhores memórias de infância?
Os piqueniques em família, o coreto, as férias de Verão, o cheiro dos caracóis acabados de fazer, as amoras, os passeios de bicicletas à la Verão Azul, o acampamento de arqueologia em Foz Côa, a banda da música, o sótão, os jogos de ping-pong, as noites quentes, a Nutela no pão, as urtigas, a casa na árvore, os baloiços de madeira, as lagoas, o primeiro beijo.

3.      Livro infantil preferido?
Os livros da Anita, claro! O meu pé de laranja lima, os livros Sophia Mello Breyner,
Os Cinco, o Diário do Adrian Mole e mais tarde, Agatha Christie. As revistas Vogue trazidas do estrangeiro pela avó da minha amiga que mais tarde me foram presenteadas.


4.      Filme infantil preferido?
“Dumbo”, “Pinóquio” e “O Mundo fantástico de Oz” da Walt Disney, “E.T.” de Steven Spielberg,  e a “História Interminável”de Wolfgang Petersen.
Música infantil preferida?
É impossível escolher apenas uma música no meio de tantas que me influenciaram e me saltam à cabeça assim que volto atrás no tempo. Todas as músicas dos filmes que referi acima, dos desenhos animados que via: Sítio do Picapau Amarelo, a Heidi, O Marco, Tom Sawyer e das séries mais tarde que assistia: O Verão Azul e os Cinco. E dos muitos vinis do meu pai, havia David Bowie.

5.      Brinquedo preferido em criança?
Bonecas de papel,  cubo mágico e o view master.

6.      Brincadeira preferida em criança?
As brincadeiras de férias com as minhas primas. A preferida eram as partidas que fazíamos à minha tia-avó Eugénia. Todos os dias, preparávamos meticulosamente um disfarce para a irmos abordar. Umas vezes éramos turistas perdidas, outras vendedoras ambulantes, etc. O guarda-roupa e a maquilhagem eram preparadas no dia anterior sempre meticulosamente pensado. A noite que antecedia a partida, passávamos a noite em claro, ansiando pela partida do dia seguinte. Tudo tinha de estar perfeito porque tínhamos a certeza que não iríamos ser descobertas.

7.      Se pudesse voltar a ser criança o que faria?
Fazia tudo igual. Sou uma afortunada na infância que tive e não tenho arrependimentos. Tudo aconteceu como tinha de ser e na altura certa.
8.      Fontes de inspiração para o trabalho e para a vida?
No trabalho são várias as referências e vêm de sítios tão dispares que se torna difícil referenciar todas. No geral vêm da moda, street art, arte contemporânea, da música, da infância, das exposições, das viagens.
Para a vida são as pessoas mais próximas que me acabam por influenciar: o meu filho, o meu namorado, os meus pais, minha avó e os meus amigos.
9.       Blogues e sites que segue habitualmente?
Os blogues são muitos e muito variados e é sempre obrigatório consultá-los antes de começar um dia de trabalho. O Tumblr enche-me o dia com imagens bonitas e depois há todos os outros que passam por dar referências de moda, life style, arte, música como por exemplo:
   


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